O auditório da Associação Empresarial de Caçador (ACIC) foi palco, na noite de sexta-feira (25), do lançamento oficial do Maice Lab 2.0, programa que busca fomentar soluções inovadoras voltadas ao setor da saúde. A iniciativa é promovida pelo Sebrae/SC e pelo Hospital Maice, com apoio da Unicred e execução da TXM Methods.
Voltado a startups com foco em saúde (healthtechs), o programa chega à sua segunda edição com o propósito de fortalecer o ecossistema de inovação da região Meio-Oeste catarinense. O evento de abertura reuniu empreendedores, investidores, representantes de instituições parceiras, lideranças da saúde e autoridades locais.
O Maice Lab conecta desafios reais enfrentados por instituições da área da saúde com o potencial criativo de startups que desenvolvem soluções tecnológicas, promovendo um ambiente colaborativo de experimentação e crescimento. Durante a solenidade, foram apresentados os objetivos da nova edição, o cronograma das atividades e os benefícios para os participantes, incluindo mentorias especializadas, capacitações e oportunidades de validação prática dentro do ambiente hospitalar.
A proposta despertou entusiasmo entre os parceiros do projeto, que destacaram a relevância da iniciativa para o desenvolvimento regional e a inovação no setor da saúde.
Para o analista do Sebrae/SC, Enio Parmeggiani, o envolvimento da instituição reafirma o compromisso com o desenvolvimento de soluções inovadoras aplicadas à realidade local. “Muitas cadeias produtivas têm se beneficiado de processos de inovação para resolver problemas reais. O Sebrae estruturou programas como esse para apoiar pequenas empresas, como as startups, que aqui encontram uma grande oportunidade de crescer, inovar e impactar a sociedade, especialmente em uma área estratégica como a saúde”, destacou.
O gerente regional do Sebrae/SC, Aloísio Salomon, também ressaltou o papel do programa como indutor de desenvolvimento. “Ao apoiar iniciativas como o Maice Lab, o Sebrae contribui para transformar ideias em soluções reais, conectando o setor produtivo, a saúde pública e o empreendedorismo inovador. É uma ação que gera impacto local e inspira mudanças em toda a cadeia da saúde”, afirmou.
Já o diretor administrativo do Hospital Maice, Sérgio José Schmitz Júnior, reforçou o diferencial da proposta ao abrir as portas de uma unidade hospitalar filantrópica para que as startups possam validar soluções na prática. “Estamos trazendo para dentro do hospital o conceito de tecnologia aberta, algo comum em instituições privadas, mas ainda pouco explorado em hospitais que atendem o SUS. Com essa parceria, as startups poderão entender a realidade de um hospital de alta complexidade, sentir suas dores e, com isso, desenvolver soluções aplicáveis e transformadoras”, explicou. Ele também destacou os resultados positivos da primeira edição, que resultou em projetos já em operação e outros em fase de comercialização.
Representando a TXM Methods, empresa responsável pela execução técnica do programa, Luiz Salomão Gomes destacou que o Maice Lab é um programa de pré-aceleração voltado à inovação aberta. “Caçador não está no eixo tradicional da tecnologia, mas conseguiu se posicionar com um modelo inovador. O Maice abriu as portas para que startups de várias regiões do Brasil testem e validem soluções dentro de um hospital real, com apoio do Sebrae. É isso que faz a diferença”, afirmou. Segundo ele, a edição atual reúne 15 startups de diferentes estados, com ideias que vão desde aplicativos de gestão hospitalar até tecnologias como robôs de desinfecção e novos modelos de curativos. “É como um Tinder entre startups e hospitais. Elas precisam se conhecer, se entender, se apaixonar e fazer a inovação acontecer”, completou.