A Acic e a Fiesc realizaram na noite desta quinta-feira (3) uma importante reunião para provocar a busca pela ampliação de habitação popular em Caçador. A dificuldade em oferecer moradia para trabalhadores da indústria exige uma ação urgente por parte do poder público.
O deputado federal Valdir Cobalchini (MDB) foi acionado e trouxe para a reunião todas as possibilidades ofertadas pelo Governo Federal para investimentos em moradias populares. Cobalchini colocou quem decide em linha direta com o empresariado caçadorense: o secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo (através de videochamada) e o chefe de gabinete da Secretaria, Fabrício de Andrade Lebeis (que esteve presencialmente no local). Leia mais sobre a reunião clicando aqui.
O movimento feito pela Acic e Fiesc é importante e tem o foco na oferta e demanda. O calo apertou e a cidade não pode mais esperar soluções que não acontecem por parte da prefeitura. Importante grifar que essa carência por moradias não é só de imóveis populares. As entidades puxaram o foco para esse público (porque precisam de habitação para seus empregados), mas o drama atinge também as classes média e média baixa. Ou seja, é um problema de quase todos.
Essa falta de imóveis expõe um ecossistema habitacional engessado e que protela projetos na área. A prefeitura que deveria liderar e fazer a sua parte não faz. Há projetos de loteamentos que poderiam sair do papel para amenizar o problema e estão engavetados há anos. É obrigação da Câmara também fazer a sua parte e fiscalizar onde está o problema.
Loteamentos engavetados
Enquanto Caçador sofre com o déficit habitacional, somente dois projetos de loteamentos previstos na região da empresa Guararapes prometem ofertar mais de 400 lotes. Um deles, no terreno do Lago do Comazzetto tem um padrão mais elevado, estilo boulevard, mas o outro, no acesso ao Aeroporto, pode muito bem ajudar a diminuir a falta de imóveis mais populares na cidade.
O problema é que os projetos estão engavetados na prefeitura, um desde 2019 e outro desde 2021. Os empreendedores entendem que ambos atendem a legislação e, diante da inércia, mesmo com os projetos contando com aprovação na Comissão Técnica de Urbanismo, prometem acionar a Justiça. O assunto promete render muito. Vamos acompanhar os desfechos e noticiar aqui.
Recursos
O ex-vereador Moacir D’Agostini (União Brasil), que agora está no Governo do Estado, conquistou mais uma emenda para Caçador. Através do deputado federal, Fábio Schiochet está sendo destinado ao município, para o Fundo Municipal da Saúde, o valor de R$ 200 mil para ser aplicado no custeio dos serviços de atenção primária à saúde – PAP. O pagamento já foi efetuado pelo Ministério da Saúde.
Case do Parque Linear
O prefeito Alencar Mendes (PL) e o presidente do IPPUC Alexandre Schermach estiveram no Summit Cidades, em Florianópolis, apresentando o Parque Linear – cujas obras se arrastam sem previsão de data concreta para ser entregue – como um case de sucesso em termos de urbanismo. Eles ressaltaram no evento os “impactos positivos do projeto para a qualidade de vida da população, além de ressaltar o compromisso do município com o desenvolvimento sustentável”.
Atraso na obra
Não se nega o ganho em termos de vida urbana que tanto o Parque Linear quanto o Parque Central agregaram para Caçador. Há que se ressaltar, entretanto, dois aspectos relevantes. Primeiro a morosidade das obras. Continuando nesse ritmo quando todo o complexo de lazer for inaugurado, já necessitará de reformas e manutenções.
Boas práticas?
O segundo ponto que há que se frisar, em relação aos Parques enaltecidos pelo prefeito no mais importante evento de gestão pública de SC, é a qualidade da obra. Recentemente, em conversa com um influente empresário caçadorense fui alertado por este sobre a péssima qualidade de boa parte das obras tocadas pela prefeitura.
São flagrantes os desrespeitos às normas técnicas, aos conceitos construção civil, de engenharia e de arquitetura. Basta dar uma caminhada nos parques e é fácil flagrar equipamentos e construções fora do nível e erros básicos na execução. Ao que parece, essas são as ‘boas práticas’ que a prefeitura de Caçador quer exportar para o restante do Estado.
Gol de placa
Baita de uma ação essa da prefeitura de Caçador que investiu R$ 764.400,00 mil na aquisição de jaquetas em tecido microfibra para proteger nossas crianças nos rigorosos invernos. Recursos muito bem investidos e que fazem a diferença na vida das crianças e das famílias impactadas. Reforça-se também o cuidado em contratar um produto de qualidade, com resistência e conforto térmico. “A confecção das jaquetas foi planejada considerando o clima de Caçador e priorizando a qualidade”, diz release da assessoria de imprensa.
São ações como essa que devem nortear sempre a gestão pública, com o foco no cidadão. Gol de placa da atual administração!
Tecnologia
A equipe da empresa Cigam – especialista em software para gestão empresarial – esteve em Caçador nesta semana e realizou um evento sobre inteligência artificial na Acic, em parceria com o Núcleo de Tecnologia da Informação, que lotou o auditório da entidade. Os dirigentes também visitaram algumas empresas de Caçador, como a Temasa, onde foram recebidos por Bruno Tesser.
Fiesc
Além da palestra e visita a empresas os dirigentes da Cigam também fizeram uma visita institucional para o presidente eleito da Fiesc, Gilberto Seleme, que a partir de agosto, quando ocorrerá sua posse, vai alternar sua agenda semanal entre Florianópolis e Caçador.
No encontro foi tratado sobre a influência da tecnologia e inteligência artificial que está cada dia mais fazendo parte do dia a dia da indústria. Na foto com Seleme, Antônio Guimarães, gestor nacional de negócios da Cigam; Cordeiro Júnior, diretor comercial em SC e Bruno Correia, diretor Regional da Cigam.
